quinta-feira, 28 de agosto de 2008

De seu nome LACI


Como é de esperar, Agosto é o mês "escolhido" pelas pessoas para se dedicarem às merecidas férias. Até agora nada de mal, mas é também o mês onde podemos ver mais animais abandonados... Sim, o tipico animal que é muito bonitinho quando é pequeno e depois quando cresce e fica maior é posto no fim da lista de perioridade das pessoas. Um facto!!!
Chama-se Laci (sim, com ci, e estava escrito na coleira), e estava no parque de estacionamento à porta da minha casa no dia 18 de Agosto. Estava deitada com ar de morta, o que me fez querer aproximar. Tive que lhe tocar para me certificar que estava viva, e deu sinal... Respirava com dificuldade e estava praticamente sem forças. Não resisti, e lá fui eu buscar água e qualquer coisa para a cadela comer (bem dito chouriço de alce que me trouxeram da Suécia misturado com arroz). Com alguma dificuldade lá se levantou e reparei na pata de trás que, ao estar levantada me pareceu uma batida de carro. Comeu, bebeu água e depois agradeceu (coisa que certas pessoas não sabem fazer). Bem, escusado será dizer que nessa noite se fez uma visita ao veterinário central, onde fez um raio x, se pesou (5 kg a menos que o que deveria ter) e se registou. Então a bela da Laci é uma pastor alemão cruzada com serra da estrela, tem entre 2 a 3 anos e é uma cadela muito querida, simpática e obediente (coisas que certas pessoas não são... será que me repito? Porque será?).

Está lá em casa até hoje, onde recuperou da pata, da fome, da sede, e até de postura. Quem a viu e quem a vê (as tias e os tios que o digam).

Infelizmente, e indo contra os meus princípios, a Laci tem ficado o dia todo sozinha, numa varanda, num apartamento, num prédio... mas ao contrário das pessoas que a abandonaram, é preferivel estar lá, que na rua, atropelada e sem cuidados... Ninguém quer uma cadela?? Não, ninguém quer uma cadela... e eu não dou a cadela a quem não queira cuidar dela. Prefiro que a minha rotina fique alterada (e sim, já está completamente) do que saber que ela não está bem e que voltou tudo ao ponto zero.

A Laci teve sorte, e devo dar razão quando se diz que, quando cuidamos de um animal, ele fica agradecido. Aliás, o que digo é que não fui eu que adoptei a Laci, foi ela que me adoptou.
Se por acaso souberem de alguém que, queira uma cadela, e que cuidem bem dela, não hesitem em dizer-me.
De qualquer maneira fica aqui um apelo, os animais não são um brinquedo, que se brinca e quando se está farto dele, se põe de lado, numa estante ou se atira para o lixo.
Tenho dito
Até já

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